O que você precisa saber e fazer para lidar melhor com a pandemia

Uma pandemia é uma doença amplamente disseminada. 

Toda doença exige uma série de mudanças reais. E as mudanças exigem adaptações, novos modos de enfrentamento. As mudanças também implicam em perdas. E as perdas levam a reações emocionais de luto

Quais são as reações esperadas desse momento? Quais são as fases do luto?

  1. negação
  2. raiva
  3. barganha
  4. depressão
  5. aceitação/enfrentamento

Essas são as reações “normais” diante de uma situação “anormal”. É natural se sentir mais irritado, ansioso ou triste durante a pandemia.

Diante de uma doença, é esperado um primeiro momento de crise após o diagnóstico, em que é necessário aprender a viver com a doença e fazer as mudanças mais imediatas para garantir o seu cuidado.

Após esse período, na medida em que a doença persiste – ou no nosso caso, a pandemia continua – é preciso aprender a viver com a doença, mas também viver outras partes da vida. Somos mais do que apenas a doença. Ou seja, é preciso conciliar as necessidades do cuidado com a pandemia, com as necessidades de autocuidado, construindo uma estrutura de vida viável e adaptada. 

O QUE É POSSÍVEL FAZER para ajudar nesse processo de enfrentamento da pandemia?

  • Lembre-se que ISSO VAI PASSAR! Tudo na vida passa. Tudo se transforma. As mudanças são inevitáveis. É natural no momento de maior desespero, achar que isso vai durar para sempre. Mas não vai, isso vai passar. Para ajudar a acreditar nisso, relembre seu passado. Você já deve ter enfrentado outras dificuldades. Identifique a sua força. Você sobreviveu. Você é mais capaz do que imagina.
  • Liste o que você perdeu, suas limitações, frustrações: saúde, papeis, sonhos… SE CONECTE COM SUAS PERDAS, não permaneça muito tempo na negação. Você pode se sentir frustrado e triste. Não evite. Não se compare. Não é possível avaliar quem perdeu mais. Todos perdemos alguma coisa. Todos estamos sofrendo.
  • OBSERVE seus sentimentos e as necessidades que eles apontam (ex. apoio, conexão, paz, relaxamento, divertimento, etc). É comum aparecer sentimentos de impotência, desânimo e sensação de ameaça à integridade. Se acolha, não se julgue.  Se desprenda da autocrítica, autopunição. O sofrimento costuma estar relacionado aos nossos julgamentos e autocríticas de como deveríamos ser e sentir. Assuma uma atitude de abertura, curiosidade e gentileza consigo mesmo.
  • Veja o que está fora de seu controle e ACEITE. Saia da ruminação. Pare de tentar controlar seus pensamentos ou emoções. Isso não é possível. Mas você pode escolher como vai se engajar com os pensamentos e emoções. Aceite o que está acontecendo, identifique o que já está ali e então escolha estratégias para se relacionar melhor com isso. 
  • Veja o que está ao seu alcance e FAÇA. Por exemplo, se você está se sentindo muito sozinho e triste, com saudades de alguém; possivelmente conexão e apoio são importantes para você. Já que não é possível marcar um encontro, abraçar, ficar junto nesse momento, sem se colocar em risco ou colocar outras pessoas em risco. Veja como você pode se conectar com aquela pessoa que é importante para você. Deixe que ela saiba que você está com saudades, que essa relação importa. Se disponibilize para a conexão, mesmo que virtual. 
  • Coisas simples importam. Ajudam a dar um senso de auto eficácia. Comece pelo que é mais fácil e possível fazer, desde trocar de roupa, se arrumar, arrumar a cama e a casa. Pequenas ações ajudam a fortalecer a sua auto confiança, de que você é capaz de fazer o que precisa ser feito. Essa consciência ajuda no enfrentamento de situações difíceis.
  • O sofrimento costuma estar relacionado com tentar fazer algo que não é possível ou adiar e evitar aquilo que pode ser feito.
  • SEJA CRIATIVO. Seja ativo na arte de criar. Não fique somente esperando isso tudo passar. 
  • CONFIE EM MIM: isso vai passar. Mas enquanto isso não passa, a vida está passando, dia a dia, hora a hora, minuto a minuto. Então, CONFIE EM VOCÊ: você é capaz de se reinventar. Você é capaz de escolher novas formas de reagir e lidar com essa situação.
  • Mas se estiver muito difícil, PEÇA AJUDA. Procure pessoas de sua confiança e ou profissionais de saúde.

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Psi. Maria Emília

Psi. Maria Emília

Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Gestalt-terapia pelo Comunidade Gestáltica. Especialista em Saúde pela Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (Alta Complexidade HU/UFSC). Mestrado Profissional pela UFSC. Atua como psicóloga hospitalar e clínica.  Além de professora, preceptora de Residência e supervisora de estagiários e psicólogos já formados.​
Psi. Maria Emília

Psi. Maria Emília

Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Gestalt-terapia pelo Comunidade Gestáltica. Especialista em Saúde pela Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (Alta Complexidade HU/UFSC). Mestrado Profissional pela UFSC. Atua como psicóloga hospitalar e clínica.  Além de professora, preceptora de Residência e supervisora de estagiários e psicólogos já formados.​

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